sexta-feira, 7 de julho de 2017

Amizades à distância

Todo dia alguém que eu já amei vira apenas um contato na agenda, um estranho, só mais um rosto no Facebook. E quando eu digo "alguém que já amei" me refiro exclusivamente as amizades, pois nos relacionamentos afetivos que acabam cada um segue seu caminho mesmo, tornando-se estranhos um ao outro e família, bem... nunca deixa de ser família, né?. Mas as amizades (ah, as amizades...) não ou ao menos não deveriam ou eu não gostaria que fosse assim.
Cada dia que passa as relações ficam menos pessoais. Mesmo que as pessoas pensem umas nas outras, não ligam mais para saber como tem andando, o que está acontecendo na vida do outro. As pessoas não conversam mais.

Me lembro de uma época em que eu e uma amiga nos falávamos todos os dias, mesmo nos dias que não nos víamos, uma ligava para a outra para contar as novidades, conversávamos pela internet. É claro que as novidades não tinham o mesmo peso das novidades de hoje com todas as responsabilidades de uma vida adulta, mas não deixavam de ser importantes. Isso nos unia mais, e eu me lembro de hoooras de conversas.... Atualmente as pessoas só têm conversas rápidas e vazias por mensagens no celular, coisas como: "Vamos sair um dia desses", "Vamos marcar de se ver qualquer dia", "Estou com saudades"(mas ocupado demais para te ver).... isso quando acontece, pois pessoas simplesmente somem.

Eu sei que o tempo disponível que temos em uma época em que as únicas responsabilidades que temos é estudar e/ou trabalhar não é o mesmo que temos em outra em que no trabalho mesmo já estamos pensando "o que tenho que fazer em casa hoje?", "como vou pagar todas as contas esse mês?" ou "preciso ir ao banco resolver aquele problema", mas deveríamos nos esforçar.

Esse texto pode parecer injusto, e vai ver ate é mesmo, mas é só porque eu gostaria que as pessoas se amassem mais. Não que liguem ou mandem mensagem todos os dias, mas que dispusessem um pouco de seu tempo para encontrar pessoas queridas. Uma vez a cada dois meses ou a cada três ou a cada seis, pode ser!... mas que fizessem acontecer, que se esforçassem. Que as amizades deixassem de ser expressadas em palavras para voltarem a ser realmente vividas. Just almost like old times.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O amor nas flores

Pensar que as flores simbolizam o amor não é errado. Errado é pensar que pelo fato delas murcharem, ganhá-las significa o fim do amor. Ao contrário, as flores murcham pra renascer, elas se renovam.

Assim como o ciclo de vida de uma fênix, que envelhece e vira cinza só para nascer bela de novo, as flores também murcham para nascerem belas de novo, para novamente fazerem parte da natureza, permitindo que seu pólen possa ser novamente distribuído, posando para novas fotos e novos olhares, enchendo de uma nova alegria aqueles que têm o grande prazer de compartilhar o mesmo ambiente que elas.

As flores têm vida, elas nascem centenas de milhares de vezes e nunca se cansam de ser lindas.

Somente murcham para sempre as flores mortas, já privadas de suas fontes e cuidados, arrancadas de suas raízes, seu coração. Não e óbvio? Quem é que vive sem, pelo menos, um coração? Sim, pelo menos um coração, porque existem pessoas que vivem com mais de um. Eu vivo com dois, o meu e o de mais alguém, o qual se me fosse arrancado também faria uma parte de mim murchar como uma flor.

Flores precisam de água, de luz, de carinho, de raízes e somente sem esses cuidados básicos elas morrem pra nunca mais nascerem. Tendo todos os cuidados e suprindo todas as suas necessidades elas sempre vão crescer e renascer, se renovar, durar para sempre. Nada diferente do amor.

Os equivocados que me desculpem, mas só posso pensar que tudo depende da forma que se observa. Tudo só depende se o copo está sempre meio cheio ou sempre meio vazio.



terça-feira, 7 de maio de 2013

A vida é automática

Em um papo "cabeça" com os amigos, falávamos sobre morar sozinho, morar junto, casamento, e essas coisas. Expondo nossos receios e desejos, discutíamos sobre as dificuldades de cada uma das situações, quando um de nós soltou a seguinte frase: "A vida é automática". Assim que a frase terminou de ser dita meu cérebro automaticamente amarrou uma sequência de situações já vividas. Foram cinco segundos de lembranças que ao final ecoaram apenas um pensamento: "Verdade".

Não me lembro de ter parado para pensar nisso oficialmente, mas após essa conversa fiquei muito tempo pensando no assunto. Fiquei imaginando como as coisas acontecem sem que a gente nem perceba, simplesmente são naturais, automáticas. Não completamente, é claro. Precisa-se de um gatilho. É como se fosse um carrinho de dar corda, você dá a corda e ele segue sozinho.

Num momento você tem sonhos e planos, muitos deles você consegue realizar, outros você apenas chega perto, outros nem chegam a passar de sonho, e em outro momento já aconteceram coisas novas e tudo está diferente.

Coisas mudam numa proporção, rapidez e naturalidade que quando você se dá conta, alguns itens nem fazem mais parte do plano e novos itens já substituíram os antigos. Desejos que você nunca imaginou que fariam parte da sua lista de "Coisas a realizar" não só entram na lista, como se tornam os itens principais, os destaques. Você adéqua e remonta sua lista de acordo com as necessidades atuais, conforme a corda dada. Essa lista é como se fosse uma mistura de quebra-cabeças, você descarta peças ou resgata, dependendo da necessidade,  de jeito que itens as vezes deixam de fazer parte , as vezes porque você mesmo mudou de ideia, mas muitas vezes porque simplesmente incorporou a necessidade de mais alguém.
Mas a verdade é que sempre estamos dando corda sem nem percebemos, e assim o carrinho vai andando... automaticamente.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sobre escrever e felicidade

Voltando a escrever depois de alguns pedidos de uma pessoa especial, que já foi citada nas entrelinhas dos meus textos várias vezes.

A novidade é que voltei para falar de coisa boa! E não é sobre a TekPix.

Descobri recentemente que é muito mais fácil expor suas tristezas, dúvidas, chateações e todas as coisas "negativamente" desse gênero, do que escrever sobre sua felicidade.

Sempre gostei e senti necessidade de escrever, sempre o fiz com a maior frequência possível e isso nunca mudou, mas nos últimos tempos mesmo sentindo essa necessidade ficou muito mais difícil escrever o que sinto do que a uns tempos atrás. Normalmente os textos fluíam fáceis, hoje quase não consigo desenvolver um texto inteiro sem passar horas a fio olhando para a tela do computador.

Parando para analisar, percebi que meu motivo para escrever hoje é passar todo o sentimento de felicidade que sinto, e notei que não é fácil fazer isso. Mas de uma certa forma isso é bom, pois só consigo pensar em um motivo para isso acontecer, é que a felicidade é tão grande que não conseguimos pensar em palavras que possam expressá-las.

Felizmente descobri isso da melhor forma possível: sendo feliz!

Por isso, vou ali continuar sendo feliz e já volto...

sábado, 11 de agosto de 2012

Confuso confesso

Eu tenho lá minhas loucuras, várias manias e muitos defeitos... Confesso que não sou perfeita, tão pouco certinha, nem me acho um exemplo a ser seguido.
Faço, e insisto em seguir caminhos errados. Quem vai poder me julgar?
Mas no meio disso tudo, essa coisa toda "negativa", também sou extremamente amiga, companheira, confidente. Não sou muito paciente, eu sei, mas procuro sempre entender os "porques" das coisas, mesmo sabendo que nunca vou entender. Sou compreensiva, sim.
Há um mix dentro de mim, cheio de sentimentos, desejos e angustias.
Passo por cima do orgulho se for preciso. Volto atrás. Repenso. Revejo.
Mesmo sabendo que também sou, me pergunto constantemente o porque de as pessoas serem tão complicadas. Neste exato momento to aqui pensando e tentando entender o motivo de tanto medo. Será que sou tão assustadora assim? De repende me falta ou me sobra alguma coisa, não sei...
Mas, pessoas não são perfeitas. ELE não é! Nunca foi e nunca vai ser. Mesmo assim eu o escolhi duas vezes! Qual o problema de me escolher uma só? É só uma tentativa, uma aposta e não um contrato de venda de alma ao diabo.

Talves um dia eu entenda ou talves... não.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Passei da fase de gostar de sofrer

Houve um tempo em que eu realmente gostava de sofrer.
Sentar em um canto escuro e ficar pensando nas coisas que me atormentavam, ouvindo justamente as músicas que me lembravam certas situações ou pessoas.

Eu me machuquei por causa disso.
Machuquei meu coração, minha mente, meu ego, minha alma e principalmente meu corpo.

Eu simplemente achava que aquilo era normal.
Demorei muito pra entender que o que me fazia assim era apenas eu mesma, mergulhada dentro de mim fazendo crescer uma depressão que já era minha. Tornando-a uma bola de neve, rolando e rolando montanha a baixo, crescendo com a mesma massa.
 
Ainda bem que as coisas mudam. As vezes pra melhor.

Entendendo como nunca que não posso, não mereço e não preciso sofrer por nada e nem por ninguém a menos que eu queira, e como disse, minha fase de gostar de sofrer já passou.
Sofrer pode até te ajudar a amadurecer, dar experiência e blábláblá, mas esse tipo de lição eu já cansei de ter, então chega.
Quero amadurecer de outras formas, ganhar experiências diferentes, afinal a mesma experiência duas vezes não agrega novidades, você já conhece, já viu.

Pra ganhar XP agora, é só jogando M.A.R.S. e não mais brincando de amores.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Meu momento

Sempre fui submissa nos meus relacionamentos. Eu era aquela pessoa que, por mais que não estivesse se sentindo bem com a situação, não tomava atitude ou se impunha, com medo da reação que isso pudesse gerar naquela "relação". Aquela pessoa que sempre espera que a ação venha do outro lado.
Apesar de nunca me impor, meu sexto sentido sempre soube (e sabe) quando uma relação não estava indo bem das pernas, porém o medo de perder a pessoa era tanto que eu ia deixando, deixando, deixando... até o momento em que eu estava loucamente apaixonada e não era correspondida. E ai, é claro, a outra parte tomava a iniciativa de acabar com aquilo que pra ele também já não estava muito bem.
Não posso dizer que é comodismo da minha parte, porque não é, pois nunca fui de me acomodar com algo que não está bom. Pelo contrário, sempre fui atrás da mudança.
A verdade é que sempre tive medo de "perder" a pessoa que estava comigo, por isso aceitava coisas que não me faziam bem achando que o sentimento da pessoa "estar comigo" pudesse cobrir o vazio daquilo que me incomodava (ledo engano!). Sendo assim (salvo excessões em que não tinha como fechar os olhos) minhas relações, em sua maioria, sempre foram guiadas pela outra parte envolvida. Parte essa, que decidia quando estava bom ou ruim e qual era o momento de parar, independente do que eu achasse ou quisesse.

Sim, eu acredito que pessoas podem te proporcionar momentos incríveis e inesquecíveis, e que algumas dessas pessoas são passageiras. Acredito sim, que a vida é feita de momentos, mas quero deixar claro, que aqui não estou falando de coisas passageiras, do tipo quando você conhece alguém interessante e tem um único momento incrível com esse alguém, sabendo que depois desse momento vocês nunca mais se verão ou ficarão juntos. Isso é assunto pra outro texto, num outro dia.

Estou falando de relacionamentos mesmo, sair com a pessoa frequentemente, se preocupar e tudo o mais. Nesses casos não vale a pena levar pelo momento.
Não acho que estar com uma pessoa valha a pena se aquilo só é bom quando ela está do seu lado, se quando ela vai embora aquela relação passa a te torturar e machucar.

Tudo tem o seu limite.

Recentemente eu descobri o meu limite. Descobri até onde eu posso ir, ou melhor, até quando posso ir sem me machucar.
Aprendi a me impor pra mim mesma. Impor o momento de dizer o que eu quero e porque eu quero, sem me preocupar com a reação que minha imposição vai gerar, evitando que no fim só restasse eu comigo mesma, destroçada por ter aguentado uma situação sem necessidade.
É claro que não sou um cubo de gelo. Ainda tenho medo de que minha imposição resulte em ter que me afastar de alguém que eu esteja gostando, mas se isso acontecer é porque aquela pessoa não era a pessoa certa no momento.

A interrupção de algo no inicio sempre traz uma certa melancolia, mas toda melancolia do mundo vale mais do que a tristeza de não fazer respeitar a sua própria vontade.

Meu coração é volátil! Cabe a mim mesma saber dar a proporção certa para o que é importante.